A última edição do Rock in Rio foi marcada por apresentações memoráveis de grandes talentos da comunidade LGBTQIA+. O festival, que já é conhecido por celebrar a diversidade em todos os seus aspectos, contou com uma série de artistas que não só encantaram o público, mas também reforçaram a importância da representatividade nos palcos. Com uma curadoria especial do Museu da Diversidade Sexual, destacamos 16 artistas que você deve acompanhar além dos dias de festival.
Sambaiana
Formado por seis mulheres LGBTQIA+ em Salvador, o grupo explora sonoridades do samba contemporâneo, combinando axé e influências nordestinas. Seu mais recente trabalho, Sambaiana – Ao Vivo no Rio Vermelho, capturou a essência da música afro-brasileira e se destacou na cena nacional.
Katú Mirim
Rapper e ativista, Katú Mirim mistura rap e rock com letras que discutem política, resistência indígena e identidade LGBTQIA+. Suas colaborações, como com Taboo do Black Eyed Peas, reforçam sua força no cenário musical.
Ludmilla
Veterana no cenário musical, Ludmilla vem ganhando ainda mais espaço com seu projeto de pagode, Numanice. No Rock in Rio, ela trouxe uma mistura de seus hits de funk e pagode, deixando o público extasiado.
Thiago Pantaleão
Thiago viralizou durante a pandemia com seus visuais icônicos e hoje é um nome forte no pop brasileiro. Suas músicas, que falam sobre aceitação e empoderamento, fizeram dele um dos destaques recentes do cenário LGBTQIA+.
Jão
Com sua “Superturnê” e performances impactantes, Jão se tornou um dos nomes mais populares do pop nacional. Suas letras, repletas de sentimentos de juventude e amor, continuam ressoando entre fãs de diferentes gerações.
Gloria Groove
Versátil e talentosa, Gloria Groove domina o cenário musical com sua capacidade de transitar entre gêneros como hip-hop, pop e pagode. Seu álbum Lady Leste a colocou como uma das drags mais ouvidas no mundo.
Pedro Sampaio
DJ e produtor, Pedro Sampaio conquistou o Brasil com suas parcerias e remixes, acumulando bilhões de streams. Seu trabalho reflete a força da música eletrônica no Brasil, e ele se tornou um nome consolidado no cenário.
Luedji Luna
Luedji Luna combina jazz e MPB de forma única. Indicada ao Grammy Latino, a cantora baiana vem ganhando reconhecimento internacional por suas composições que celebram a negritude e a ancestralidade.
Curol
A DJ brasileira Curol é referência na cena da música eletrônica internacional. Com uma mistura de sons africanos e beats eletrônicos, ela conquistou o topo das paradas na plataforma Beatport e segue inovando.
Ashibah
Com uma carreira de mais de uma década, a DJ dinamarquesa Ashibah é uma referência no Deep House. Seus sets energéticos são conhecidos pela forte presença de vocais e beats marcantes.
Brisa Flow
Com raízes indígenas, Brisa Flow explora o hip hop e a música ancestral em suas composições. Suas letras trazem à tona temas como feminismo, a força da natureza e a visibilidade bissexual.
Juliana Linhares
Juliana, que também é atriz, lançou seu primeiro álbum solo Nordeste Ficção com colaborações de artistas consagrados da MPB. Suas músicas já foram trilha sonora de novelas globais, ampliando sua visibilidade.
Majur
Misturando elementos de R&B e MPB, Majur é uma artista que canta sobre autoconhecimento e experiências de vida enquanto mulher trans. No Rock in Rio, sua participação no Dia Brasil foi um dos momentos mais emocionantes.
Lulu Santos
Com uma carreira sólida e inúmeros sucessos, Lulu Santos permanece atual ao colaborar com novos artistas e lançar remixes de seus hits clássicos. Seu álbum Atemporal trouxe frescor ao repertório consagrado.
Ney Matogrosso
Uma verdadeira lenda da música brasileira, Ney Matogrosso continua a encantar o público com suas performances provocativas e cheias de energia. Ele é um exemplo de longevidade artística e presença inabalável nos palcos.
Daniela Mercury
Daniela Mercury, ícone do axé, voltou a brilhar no Rock in Rio com sua energia contagiante. Com um repertório que atravessa décadas, ela reafirma sua posição como uma das maiores vozes da música brasileira.
“A presença desses artistas em um espaço tão importante não apenas significa um marco para a população LGBTQIA+, mas também é necessária para que os jovens dessa comunidade, especialmente aqueles inclinados a carreiras artísticas, sintam-se inspirados e encontrem referências nas quais possam se espelhar. Como Museu da Diversidade, temos a missão de celebrar todas as formas de arte, e a música, sem dúvida, ocupa um lugar especial como uma das mais populares e amadas”, comenta Tony Boita, gerente de conteúdo do Museu da Diversidade Sexual.
Vinícius Yamada, editor-chefe do portal GayBlogBR, que esteve oficialmente como imprensa no Rock in Rio para avaliar as apresentações, refletiu sobre a relevância da representatividade LGBTQIA+ no festival: “A presença de artistas LGBTQIA+ no Rock in Rio transcende a simples diversidade musical. É um gesto político e cultural que amplifica vozes historicamente marginalizadas, inserindo-as no centro de um dos maiores eventos do mundo. Ver esses artistas ocupando espaços de prestígio é um sinal claro de que a música, mais do que entreter, tem o poder de questionar normas, promover inclusão e transformar a sociedade em suas bases mais profundas.”
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