O conto “O Bebê de Tarlatana Rosa”, de João do Rio, é a linha condutora do espetáculo homônimo da Rainha Kong, que tem estreia marcada para 22 de outubro, no Teatro Arthur Azevedo. A temporada, que vai até 14/11, acontecerá online e sem plateia e percorrerá outros três palcos da cidade: Teatro Alfredo Mesquita, Teatro Cacilda Becker e Teatro João Caetano, todos pertencentes ao aparelho público da cultura de São Paulo. A Casa 1, centro de cultura e acolhida LGBT+, também receberá espetáculos, no final da temporada. As apresentações integram o projeto As Histórias Vistas de Baixo, que foi contemplado pela 36ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.
Mesclando a história narrada por João do Rio em 1925, o espetáculo também conta com depoimentos pessoais do elenco – todes LGBTs. Na montagem, o grupo traça um paralelo da história do começo do século com questões bastante atuais, que parecem eternas: por que ainda existem pessoas e corpos que são assassinados diariamente? Quem são essas pessoas hoje? Como são esses corpos?
Este foi o primeiro trabalho encenado pela RAINHA KONG, em 2017. Agora, o grupo se prepara para voltar aos palcos e ressignificar a montagem, em tempos de pandemia. “Esse é um processo maluco. Retomamos nosso primeiro trabalho de repertório e tem sido um exercício de memória interessante, relembrando no corpo mesmo como era apresentar O Bebe de Tarlatana Rosa. A plateia definitivamente faz falta, mas esperamos que ela possa voltar em breve!”, diz Vitinho Rodrigues, ator da RAINHA KONG.