Entre os problemas enfrentados pela população LGBTQIA+ no mercado de trabalho é a falta de oportunidades. Líderes destas comunidades apontam um preconceito ainda recorrente na hora de uma empresa contratar. No entanto, cada vez mais, as empresas têm percebido que, os profissionais que pertencem à esta camada social contam com um ingrediente “criativo” a mais. Isso foi constatado por meio de pesquisas como a divulgada pela revista norte-americana Management Science: os profissionais da diversidade são mais criativos, possuem mente aberta e se dispõem mais a assumir riscos.
A arte e a criatividade são componentes que fazem que o segmento de salões de beleza aposte cada vez nesta força de trabalho. De acordo com a professora em gestão administrativa e especializada no setor de beleza, Dani Venâncio, este mercado está sempre se renovando e requer muita dedicação e criatividade. “É um segmento que preza muito a igualdade de gênero e, assim, abraça muito este perfil profissional, uma vez que eles são considerados artistas da beleza. Além disso, são trabalhadores que estão sempre se atualizando e não temem a concorrência”, comentou Dani que prevê que os salões de beleza absorvem de 30 a 40% de profissionais LGBTQIA+.
Dani Venâncio
É doutora em administração e mestre em Administração Estratégica pela Universidade Federal de Santa Catarina.Dani Venâncio, que é professora de gestão no segmento de beleza, é também sócia do Fuzz Cabeleireiros e Estética e da Barbearia Adam, com unidades em Florianópolis (SC).
A especialista integra também o programa “Criadores de Imagem”, idealizado, em 2009, pelo hairstylist Renato Fuzz, marca que tem como proposta aplicar uma metodologia própria na formação e na capacitação de profissionais do setor de beleza. A iniciativa já formou alunos no Brasil e em países como Portugal, Alemanha, Espanha, Argentina, Peru, Colômbia, Uruguai e México.