Um dos momentos mais comentados da estreia mundial de “Pillion” no Festival de Cannes não ocorreu na tela, mas na plateia. Durante os sete minutos de aplausos após a exibição do filme na Sala Debussy, Alexander Skarsgård surpreendeu o público ao caminhar até Pedro Pascal, presente entre os convidados, e beijá-lo. O gesto foi espontâneo, caloroso e rapidamente capturado por fotógrafos, viralizando nas redes sociais.
Pascal, conhecido por papéis em produções como The Last of Us e Eddington, permaneceu sorridente e de pé durante toda a ovação. O beijo — recebido com naturalidade e entusiasmo — se somou ao clima de descontração que envolveu a estreia do longa, que aborda a relação entre um motoqueiro dominador e um jovem submisso no interior do Reino Unido.
Skarsgård, que interpreta Ray, o protagonista dominador da história, também foi destaque por sua performance performática fora da tela. Vestido com calças de couro pretas justas, subiu ao palco ao lado do diretor Harry Lighton e do colega de elenco Harry Melling, provocando risos ao rebolar diante da plateia, após um comentário do diretor do festival, Thierry Frémaux.
Pillion é o primeiro longa dirigido por Lighton e foi exibido na mostra Un Certain Regard. Inspirado no romance Box Hill de Adam Mars-Jones, o filme mostra o início de uma relação entre Colin (Melling), um jovem tímido, e Ray, motoqueiro mais velho que o introduz a um universo de submissão sexual, afeto não convencional e dinâmicas de poder.
A crítica internacional destacou o equilíbrio entre o erotismo, o humor e o desenvolvimento emocional dos personagens. A recepção positiva foi reforçada por elementos simbólicos e gestos públicos de afeto, como o beijo entre Skarsgård e Pascal, que ajudaram a reforçar a visibilidade de narrativas queer dentro do circuito de prestígio de Cannes.
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