Antes de qualquer ponto turístico (se for a sua primeira vez) ou de qualquer compromisso, o primeiro lugar para se visitar no Rio de Janeiro, é o Arpoador. O “Arpex”, chamado assim pelos cariocas, é a melhor introdução do que é a cidade e onde se deve dar o primeiro mergulho na mar para tirar a urucubaca do corpo. Porque o Rio é feito de sorrisos, de felicidade nas ruas.
Surfistas, vêem-se por todos os lados e desde manhã bem cedo no Arpex. Os meninos do Posto 9 deveriam ser tombados como patrimônio da cidade. A diversidade existe em todos os sentidos e conotações. É ali que você entende empiricamente como nasceu a bossa nova, é onde você quer usar cada verso do Vinícius de Moraes como legenda de foto no Instagram.
A Pedra do Arpoador, cantada por Cazuza e que dá nome a praia, tem esse nome porque era onde caçadores de baleias lançavam seus arpões. A Pedra tem 500 metros de comprimento e fica entre a Praia do Diabo e de Ipanema – e lá que no final da tarde todo o mundo se encontra para aplaudir o pôr do sol. Turistas e cariocas sentam na pedra e ficam ali, sem pressa, terapeuticamente vendo as ondas batendo nas pedras “num indo e vindo infinito”, como diria o carioca Lulu Santos.
Na outra ponta da praia, indo o olhar para os lados do Leblon, o inconfundível Morro Dois Irmãos, o hotel Marina e a todas as músicas e versos da Marina Lima.
Arpex: um pedaço do mundo que se expressa num jeito de ser e que a vida inteira flertou com a arte, a música, a fotografia e o amor.