Antecedência
Segundo a Anvisa, as vacinas levam de 10 dias a seis semanas para efetivarem a imunização. Por isso, é importante ter em vista essa janela entre o dia da vacinação e a data da viagem, já que alguns países impedem a entrada dos viajantes em períodos mais curtos do que esse. A exigência internacional é pela dose padrão da vacina.
Certificado
Após a vacina, cadastre-se na página da Anvisa. Depois, vá ao centro de emissão para assinar o documento. No dia, leve o cartão de vacinação e um documento de identidade. Todo o processo é gratuito. Desde julho do ano passado, o documento só é concedido a quem comprovar que vai desembarcar para algum país que exige a certificação.
Conferir lista da OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) mantém uma lista dos destinos que exigem a documentação. Entre os países que pedem a certificação estão: Austrália, Bolívia, China, Colômbia, Panamá, Nicarágua, Venezuela e Cuba.
Contraindicação
Crianças entre nove meses e dois anos, gestantes, pessoas que passam por quimioterapia e pacientes portadores de HIV/Aids não podem tomar a vacina. Se você está entre esses casos, deve apresentar um Atestado Médico de Isenção de Vacinação, escrito em inglês ou francês.
Fonte: Governo do Brasil, com informações da Anvisa, OMS e Ministério da Saúde
SOBRE A FEBRE AMARELA
Febre amarela é uma doença viral aguda causada pelo vírus. Na maior parte dos casos, os sintomas incluem febre, calafrios, perda de apetite, náuseas, dores de cabeça e dores musculares, principalmente nas costas. Os sintomas geralmente melhoram ao fim de cinco dias. Em algumas pessoas, no prazo de um dia após os sintomas melhorarem, a febre regressa, aparecem dores abdominais e as lesões no fígado causam icterícia. Quando isto ocorre, aumenta o risco de insuficiência renal.
O vírus da febre amarela é transmitido pela picada de um mosquito fêmea infetado. A febre amarela infeta apenas seres humanos, outros primatas e várias espécies de mosquitos. Nas cidades é transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti. O vírus é um vírus ARN do género Flavivirus. Pode ser difícil distinguir a febre amarela de outras doenças, principalmente nos estádios iniciais.Para confirmar um caso suspeito, é necessário analisar o sangue através de reação em cadeia da polimerase.
Está disponível uma vacina segura e eficaz contra a febre amarela. Alguns países exigem que os viajantes sejam vacinados. Entre outras medidas para prevenir a infeção, está a diminuição da população dos mosquitos que a transmitem. Em áreas onde a febre amarela é comum e a vacinação pouco comum, o diagnóstico antecipado e a vacinação de grande parte da população é essencial para prevenir surtos. O tratamento de pessoas infetadas destina-se a aliviar os sintomas, não existindo medidas específicas eficazes contra o vírus. A segunda fase da doença, mais grave, provoca a morte de metade das pessoas que não recebem tratamento.
Em cada ano, a febre amarela causa 200 000 infeções e 30 000 mortes, das quais cerca de 90% ocorrem em África. Nas regiões do mundo onde a doença é endémica, vivem cerca de mil milhões de pessoas. É comum nas regiões tropicais da América do Sul e de África, mas não na Ásia. Desde a década de 1980 que o número de casos de febre amarela tem vindo a aumentar. Acredita-se que isto seja devido à diminuição do número de pessoas imunes, ao aumento da população urbana, ao aumento do número de viagens e às alterações climáticas. A doença teve origem em África, de onde se espalhou para a América do Sul através do comércio de escravos no século XVII. Desde então que têm ocorrido vários surtos da doença na América, em África e na Europa. Nos séculos século XVIII e século XIX, a febre amarela era uma das mais perigosas doenças infeciosas. Em 1927, o vírus da febre amarela foi o primeiro vírus humano a ser isolado