Orquestra Ouro Preto celebrará a obra de Fernando Brant e Milton Nascimento

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Música e poesia em um espetáculo que brinda a arte e a cultura de Minas Gerais. Assim pode ser definido o novo projeto da Orquestra Ouro Preto“Quem Perguntou Por Mim: Fernando Brant e Milton Nascimento”. Gravado em setembro do ano passado, em Belo Horizonte, o CD e o DVD serão lançados no dia 11 agosto, domingo, às 11h, na Sala São Paulo (Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos – São Paulo/SP), em um concerto gratuito que integra a Série Concertos Matinais.

Com regência e direção musical do Maestro Rodrigo Toffolo e produção executiva e direção de cena de Paulo Rogério Lage, o espetáculo une a musicalidade da Orquestra Ouro Preto à arte de dois dos maiores nomes da cultura mineira: Fernando BrantMilton Nascimento. “Quem Perguntou Por Mim” revive grandes clássicos da produção poética de Brant, obras imortalizadas pelas vozes de Milton Nascimento, Elis Regina e seus parceiros do Clube da Esquina, promovendo um mergulho na alma de Minas Gerais. O nome do espetáculo é uma alusão à canção homônima escrita por Brant, que em uma madrugada, por telefone, consolava um amigo em Paris das tristezas de uma separação.

Os arranjos do CD e DVD foram especialmente compostos para orquestra de cordas e banda por Mateus Freire. Já Marco Aurélio Ribeiro, da Navalha Produções, foi o diretor do registro audiovisual. Canções como Travessia, Milagre dos Peixes, Encontros e Despedidas, Canção da América e Maria Maria, entre outras, integram o repertório do espetáculo. “Depois de Valencianas e The Beatles, pensávamos em realizar um novo projeto que homenageasse Minas Gerais, que captasse o sentimento da mineiridade na figura de dois grandes artistas. Fernando Brant é esse grande artista que poetizou Minas de forma transcendental como um compositor de sinfonias. E Milton Nascimento é um patrimônio da nossa cultura e leva o nome do Estado para o mundo. É a força da poesia musicada de Brant e Milton que registramos no DVD e vamos apresentar na Sala São Paulo”, reflete Rodrigo Toffolo.

Uma novidade deste trabalho é a presença da cantora Leopoldina como a “voz” da Orquestra Ouro Preto. Natural de Campos Gerais, ela conta que sua ligação com esse repertório vem desde sua infância, e que chegou a viajar de trem para Três Pontas para assistir as apresentações de Milton. “Aos 18 anos, desembarquei em Belo Horizonte e me deparei com Brant. Abracei ele e foi emocionante. Minha vida é permeada pela poesia de Brant. São músicas lindas e marcantes”.

Histórico

Quem Perguntou Por Mim começou a ser concebido com Fernando Brant ainda em vida, é o que explica Paulo Rogério Lage, da Palco Marketing Cultural, produtora do espetáculo. “Em 2014, assentados lado a lado com Tavinho Moura na cerimônia de outorga, pela UEMG, a Milton Nascimento, do título Doutor Honoris Causa, ouvíamos vários discursos, enaltecendo, com justiça a unanimidade nacional que é Milton, sua obra e sua voz. E, como doutores não cantam, mas falam, eram os poemas de Brant que se ouviam sem parar. Rindo, perguntei a Brant, homenagem é ao Milton ou a você? “.

A partir desse encontro, Paulo Rogério propôs ao Maestro Rodrigo Toffolo e a Fernando Brant um espetáculo nos moldes de Valencianas – Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto – agora com músicas cujos poemas fossem de Brant. Aceito o desafio, o espetáculo foi ganhando forma, mas prematuramente interrompido pela morte do compositor. E três anos após sua partida, o espetáculo “Quem Perguntou Por Mim” foi registrado em CD e DVD não como uma homenagem ao poeta, mas como a materialização de um de seus últimos desejos em vida.

Ingressos

A apresentação na Sala São Paulo é com entrada franca e a distribuição de ingressos terá início hoje, 05 de agosto, às 10h, no site da sala de concertos, o www.salasaopaulo.art.br. O ingresso também poderá ser retirado nos totens localizados no piso térreo da Sala São Paulo. Na internet ou nos totens, os ingressos são limitados a quatro por pessoa e é necessário informar o CPF ao retirá-los.

A Orquestra

Uma das mais prestigiadas formações orquestrais do país, a Orquestra Ouro Preto tem como diretor artístico e regente titular o Maestro Rodrigo Toffolo. Premiado nacionalmente, o grupo jovem vem se apresentando nas principais salas de concerto do Brasil e do mundo. A orquestra foi criada em 2000 e seu trabalho é marcado pelo experimentalismo e ineditismo.

A essência da Orquestra Ouro Preto está em tornar a música de concerto acessível e interessante ao público, tirando a música erudita das salas de concerto e levando até o público em um exercício de popularização do estilo. Por isso, maestro e músicos estão sempre atentos ao exercício de desmistificar o estilo, tornando-o atraente aos ouvidos de todos.

A fórmula escolhida pela Orquestra Ouro Preto para isso é a junção entre a excelência e a versatilidade, a mistura entre o clássico e os estilos mais populares, fazendo um encontro milenar da música clássica com o rock, a MPB e até o hip hop, linguagens amplamente difundidas e repletas de contemporaneidade. Parte daí a especial atenção do grupo à efervescência cultural da américa Latina, com foco na música brasileira de concerto e nas demais manifestações musicais de países vizinhos, assim como à pesquisa e difusão do repertório vinculado à Escola Mineira de Compositores do Séc. XVII

Maestro Rodrigo Toffolo

Rodrigo Toffolo é diretor artístico da Orquestra Ouro Preto desde sua fundação, em 2000, e assumiu a regência titular do grupo em 2007, após formação junto ao Maestro Ernani Aguiar, um dos maiores compositores e pesquisadores brasileiros em atividade. Doutorando em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa (Portugal) e Mestre em Musicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rodrigo Toffolo imprimi na Orquestra uma visão ampliada de gestão e musicalidade, que ele gosta de conceituar como “excelência e versatilidade”.

Serviço

Quem perguntou por mim: Fernando Brant e Milton Nascimento

Data: 11 de agosto, domingo

Horário: 11h

Local: Sala São Paulo (Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos – São Paulo/SP)

Atrações: Orquestra Ouro Preto e Leopoldina

Ingressos: Entrada franca

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